Com a recente notícia de gravidez de uma das minhas professoras favoritas eu apercebi-me, eu quero MUITO uma vida igual a dela: linda, a fazer o que gosta, num feliz casamento e agora com um bebé a caminho.
De certa forma a sua alegria fez-me também querer experimentar esse tipo de felicidade, não o tipo de felicidade que sentimos quando compramos um vestido lindo ou tiramos uma nota fantástica, mas sim o tipo de felicidade que ter um família a dois e, mais tarde, a três nos proporciona. Eu quero isso, eu quero estar com o meu "marido" no meu apartamento em frente à televisão com pipocas numa sexta à noite, quero poder chegar a casa depois de um dia horrível e sentir um alívio por o ver, quero ir a festas de família e regressar juntamente com ele ao nosso "lar doce lar". Quero simplesmente ter que deixar de pensar no que os outros pensam porque, a partir daí não haverá apenas um "eu" mas sim um "nós" que ninguém poderá deitar abaixo, é como ter uma felicidade e uma vida protegidas contra tudo e todos porque tudo e todos deixam de ter tanta importância.
E, agora mesmo, numa sexta-feira à noite, com a chuva a cair lá fora, ninguém com quem falar e a sentir-me bastante sozinha, saberia bem estar protegida nos braços do meu marido no sofá em frente à televisão.
E o mais irónico disto tudo é que, até hoje, nunca me quis casar.
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