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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

CURSO? CC!



A Inês arranjou uns minutinhos para vir aqui à segunda casa. A Inês poderia falar do seu cursinho altamente (acreditem, é mesmo altamente) ou de todas as outras novidades que começaram a integrar o seu quotidiano mas, em vez disso, vai falar sobre uma situação em específico que ultimamente tem causado muita polémica. É verdade, o pensamento do dia é sobre as PRAXES.
Antes de tudo quero esclarecer que toda a minha opinião se baseia na minha experiência pessoal e na experiência das pessoas que me são mais próximas logo, podem existir casos onde não se reflicta o meu testemunho.
Em primeiro lugar, a praxe é algo bom. Quando praticada sem excessos e dentro do código proposto é uma experiência divertida e pela qual ansiamos. Sou caloira e, um dia mais tarde, pretendo ser doutora. Até agora, nada tenho a apontar contra esta tradição, muito pelo contrário. A praxe serve realmente para integração e adaptação, é a forma mais rápida de nos desinibirmos e conhecermos os nossos colegas de curso. Cair de para-quedas numa instituição de ensino tão colossal como a Universidade do Minho é no mínimo aterrorizante.
No meu primeiro dia senti que ia vomitar o pequeno-almoço, não sabia onde era a minha sala, não sabia quem seriam os meus professores, o seu método de ensino, basicamente estava perdida  no meio de quase 17.000 alunos. Se para mim que continuo na minha cidade natal foi tão assustador, imaginemos para aqueles que estão longe da família e dos amigos.  Contudo, mal cheguei, fui recebida pelos meus doutores que nos fizeram, a mim e aos meus colegas, sentir um pouco mais amparados e protegidos face a "carga de novidades" que enfrentávamos. 
Ao sermos recebidos por alunos mais velhos e experientes, estes tornam-se uma espécie de tutores porque, a parte a brincadeira e as praxes em si, é isso mesmo que os doutores são, tutores. Não nos obrigam a faltar às aulas, bem pelo contrário levam-nos às salas nos primeiros dias para que não cheguemos atrasados, não passam por cima da nossa dignidade humana, nem somos vítimas de práticas violentas. Quanto ao "nos embebedarem na praxe", era fixe, não era caloirinhos? Mas só bebe e só fuma quem quer e com autorização!
No que toca à praxe de Ciências de Comunicação posso apenas dizer o melhor, tanto pelo acompanhamento que os doutores nos têm prestado como pela preocupação constante dentro e fora da praxe. Se tudo o que damos em troca são algumas flexões, demonstrações de orgulho (autêntico) ao curso e algumas figurinhas tristes, aceito de bom grado.
Se chego a casa completamente "rota"? Sim. Se já fiquei afónica? Sim. Se já tive dias em que me apetecia fugir à praxe? Já. Mas também temos praxes em que rimos, criamos laços e passamos um "bom bocado". Para além disso a praxe é um acto voluntário onde só participa quem quiser. A ideia de que quem escolhe ser anti-praxe é excluído é cada vez mais um mito e tenho exemplos bem reais disso. A única parte má é que já estou farta de andar sempre de calças de ganga e t-shirts do meu pai -.-
No fundo, quando bem praticada, a praxe é uma bonita tradição que penso que deve ser mantida e mais, é uma óptima substituição ao ginásio, oralila!


Só mais uma coisinha e já me calo: quanto à imagem de ali de cima, o caloiro de quatro estará provavelmente a partir-se a rir e não sobre uma enorme pressão psicológica que o irá traumatizar para o resto da vida.

3 comentários:

Y disse...

Totalmente verdade, também fui praxado e praxei na UM e sem duvida que preferia voltar a ser praxado do que voltar a praxar, apesar de alguns doutores nossos se terem esticado algumas vezes..mas pronto ;), é sempre conhecer gente nova etc etc, é a integração, o espirito de união etc...
Quando a praxe respeita o Código de praxe e segue os principios é algo bom.
Claro é que como qualquer lei nacional há pessoas que fogem á lei....roubar não é permitido, mas existem ladrões, o mesmo pode acontecer em casos isolados nas praxes de pessoas sem cabeça que abusem de outras, casos isolados, mas depois é desses casos que a comunicação social acaba sempre por falar.

Inês Gomes disse...

é uma tradição e devemos lutar para a manter :)

Y disse...

Verdade ;)