Eu sempre gostei de grandes e calóricos pequenos-almoços. Daqueles que valem por um almoço e duas horas no ginásio, daqueles que aparecem nas novelas brasileiras de horário nobre. Sim, autênticos pequenos-almoços com ovos, sumo de laranja natural e uma meia de leite bem escura.
Mas o ponto da questão não é esse. O meu ponto é bem mais preocupante. A minha mãe hoje fez panquecas. Panquecas. É a segunda vez em dois dias. Estou reticente a esta mudança. Devo alertar que esta progenitora, meus senhores, nunca na sua vida fez sequer uma panqueca, nem uma! E não é que sábado de manhã acordo com panquecas de banana e domingo a saga repete-se com sabor de maçã?
Mas o terrível pesadelo não acaba aqui! Ontem à noite cozinhou um dos meus pratos preferidos (bacalhau com natas) e hoje ao almoço fez um prato que já pedia à séculos e que sempre se recusou a fazer (não vou dizer qual é, é nojento, delicioso, mas nojento).
Agora percebem o meu trauma? A mulher deve estar a preparar-me para me por fora de casa ou anunciar que nos vamos mudar para o Uzbequistão (sim, existe).
De qualquer das formas um óptimo domingo para todos, aproveitem enquanto eu descubro o que há de errado com o status quo cá de casa. Pode ser que ao jantar me presenteie com pizzas caseiras: MEDO.
Behave Children.
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