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domingo, 10 de abril de 2011

Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza



Ontem fui a uma cerimónia comemorativa de 50 anos de casados.
Eu não acreditava no casamento. Talvez por estar perto de muitas experiências reais falhadas ou talvez por não ser muito ligada à vida religiosa. A verdade é que tudo na minha educação me levava a não acreditar no casamento, conto pelos dedos os pais das minhas amigas que ainda estão juntos. Mas isso mudou. Porquê? Bem, apaixonei-me. Quando uma pessoa se apaixona começa a dar muita mais valor a coisas como a família e a construção de uma vida com alguém pois é com a pessoa que está ao nosso lado que queremos passar o resto dos nossos dias. Eu não fui excepção e agora dou comigo a imaginar o dia do meu casamento.
O dia de ontem reforçou ainda mais esta mudança. Foi realmente emocionante ver como duas pessoas conseguem estar juntas tanto tempo, passando sabe-se lá porque dificuldades e continuarem-se a amar. A obra que fizeram é das mais louváveis, construíram uma família juntos que também estava lá para comemorar e recordar o dia em que tudo isso começou, o dia do seu casamento.
O dia de ontem fez-me sentir saudade de muitas pessoas que, por força do destino, nunca conseguiram chegar a comemorar um dia como este e que, mais do que ninguém mereciam sentir essa felicidade. Mas, simultaneamente, fez-me pensar em muita coisa. Fez-me pensar se alguma vez chegarei a ter um dia destes, fez-me pensar na importância do corpo, se nos "dar-nos" a alguém dessa forma é uma prova de amor ou se o amor vai muito para além disso e se vivemos realmente numa sociedade de "usa e deita fora". E até que ponto eu concordo com isto? Até que ponto a parte física de uma relação influencia a parte psicológica dessa relação ou de uma possível relação futura?
O que é mesmo o amor? Como sabemos se é mesmo amor o que sentimos? Descobre-se pelo tempo ou é praticamente instantâneo? Constrói-se ou nasce connosco?  E mais importante, alguma vez saberei a resposta a estas perguntas? 
Uma coisa é certa, quero ter aquele tipo de relação em que em velhinhos, quando um morre o outro segue-o passado pouco tempo.


(agradecimentos ao sacerdote que dirigiu a cerimónia e me trouxe estas ideias à cabeça :D)

5 comentários:

mariacaldas_100 disse...

demais *.*

Inês Gomes disse...

tu percebes-me ;)

Clara Miranda disse...

Muito bonito...ainda bem que gostaste.Guarda bem isto:o amor é como uma planta tens que regar, mimar e olhar para ela como se fosse sempre a primeira vez.Espero que um dia tenhas aquilo que os meus pais construiram, afinal de contas também eu fico a ganhar, podes crer!Beijinhos

Catarina Miranda disse...

está lindo Inês :')

Inês Gomes disse...

OBRIGADA OBRIGADA OBRIGADA (: