Quinze anos

"'cause when you're fifteen and somebody tells you they love you, you're gonna believe them"

Quando tinha quinze anos estava tão apaixonada por ti. Chegava a ser ridículo como só pensava em ti, escrevia o teu nome sem me dar conta, ficava tonta quando estava contigo e não conseguia pensar quando me tocavas. Queria ter-te mas tinha medo de o conseguir, gostava do jogo, gostava do risco que me davas, da adrenalina a correr nas minhas veias. Oh que eu chorei! Porque não sentias o que eu sentia, porque depois já sentias o que eu sentia e porque depois deixaste de sentir o que eu sentia.
Tivemos uma história, não um novel best-seller, mais uma espécie de short-story. Um dia falávamos a toda a hora e agora nem do meu aniversário te lembras. Mas ajudaste-me a crescer, ensinaste-me a dizer não e a fingir um sorriso. Já não sinto o mesmo. Carinho? Sim, definitivamente, mas já nem consigo compreender o que fazias em mim.
Olho para trás com um sorriso e talvez um dia não me lembre de certos pormenores, mas irei sempre lembrar-me que foste a minha primeira “paixão assolapada”.